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sábado, 10 de fevereiro de 2018

Não sei...










Não sei ainda qual a expressão do teu olhar quando te tocar
Não sei a extensão do teu gemido nem o ritmo do teu coração
Não sei se será possível fundir as nossas vidas numa só vida
Não sei se vou viver o suficiente para te sentir no depois de amanhã
Não sei se os teus gemidos nocturnos são o meu desejo em ti
Não sei as paisagens que queres descobrir quando me olhas
Não sei se vais suportar sonhar um sonho que não pode durar
Não sei se o teu coração vai suportar todas as chegadas e partidas
Não sei se continuarás a dançar para mim, dia após dia, dentro da noite
Não sei se depois do renascer vais conseguir permanecer na tua prisão
Não sei, meu doce Amor, se sou o princípio ou o fim de uma história
Não sei se conseguirás suportar o sonho que inventaste comigo
Não sei se o abismo de tempo não nos vai engolir
Não sei se a vida ainda é um lugar onde podemos habitar
Não sei, meu Amor…


Carlos Barão de Campos

11 de Fevereiro de 2018

sexta-feira, 12 de janeiro de 2018






Hoje, meu Amor...


Hoje, meu Amor, quero sentir os teus lábios húmidos e quentes, quero a dança serpenteante das nossas línguas...

Hoje, meu Amor, quero morder os teus seios ao ritmo dos sentidos...

Hoje, quero tocar-te e sentir a expressão quente nos teus olhos castanhos...

Hoje, quero a magia do tempo sem tempo, quero que a distância seja apenas um detalhe...

Hoje, quero escutar a tua voz em mim, quero sentir-te respirar, quero enlouquecer ao som dos teus gemidos...

Hoje, meu Amor, quero beijar-te depois de te beijar, quero amar-te depois do Amor...

Hoje, quando adormeceres no meu peito, quero sentir os teus cabelos soltos pousados em mim... Quero que sintas que o Amor é um lugar ainda habitável, basta sentires e acreditares...
Hoje, meu Amor, quero amar-te sem consequências nem arrependimentos, quero a liberdade que só o Amor pode dar...
Hoje, meu Amor, quero sentir as tuas mãos na minhas, sem sombras nem memórias...
Hoje, meu Amor, quero navegar dentro de ti, como quem descobre um oceano nunca sulcado...
Hoje, meu Amor, quero apenas sentir o pulsar da vida...


Carlos Barão de Campos

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Encontro no limite...










A noite debruçava-se sobre a madrugada,
madrugada cansada de não amanhecer...
Não fosses tu e seria apenas mais uma madrugada
transportando a dor e a morte...
Falámos as coisas mais íntimas e profundas,
as nossas almas tocaram-se no anonimato dos sentidos...
Escutei o teu coração e vagueei pelas tuas paisagens,
senti que te esperava há séculos,
como se esse encontro estivesse marcado
desde sempre, mas tardásse em acontecer...
Navegando pelos teus sentidos,
reparei na beleza do teu rosto...
Olhei-te demoradamente, talvez um milagre
ainda fosse possível, por instantes senti que não estava só...
Nunca vou entender o que aconteceu, o que senti...
Não fosse aquela frase e tudo seria perfeito...
A comunicação entre dois corações e duas almas
acontecera sem aviso...
Fiquei a pensar em ti durante a madrugada,
quase que escutei o timbre melodioso da tua voz
atravessando todo o meu ser...
Imaginei a doçura quente do teu olhar,
quase que vislumbrei nos teus lábios o esboço de um sorriso...
Sinto que não foste indiferente ao nosso encontro...
A Madrugada insiste em ficar...
Desculpa se te Amei durante alguns minutos, desculpa...
Não fosse aquela frase e tudo seria perfeito...
Imaginei um beijo e um abraço tão profundos
como o sofrimento que nos habita...
Não passaremos de estrelas errantes,
almas irmãs na impossibilidade...

Barão de Campos

Madrugada de 3 de Novembro 2017
Encontro no limite...





sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Não sei como te definir...









Ardente, o teu corpo contorcia-se de prazer,

na loucura que a linha do teu corpo desenhava...

Soltavas os cabelos e mordias os lábios

num gemido agudo e selvagem...

Acordavas nos movimentos

a côr vermelha do extase...

Dançavas uma dança sem nome

num corpo aberto ao imaginário...


Barão de Campos

segunda-feira, 23 de março de 2009

Amor e Prazer...







Quentes os teus lábios inflamam

todo o meu corpo...

Doces, os teus olhos são desejo e abrigo

na noite cansada e fria...

Meiga, a tua voz embala-me

numa melodia constante...

Consciente da inconsciência do prazer,

o desejo é fúria na ânsia

dos orgasmos sem controle...


Dentro da noite germina a madrugada

dos pensamentos, dos sentimentos e

projectos...


Os teus olhos parecem ausentes,

vazios de esperança...

No meu olhar cresce o desejo

de te amar além do prazer...

Amar-te com Amor...

Alma na Alma,

sem o vício dos corpos...

domingo, 11 de janeiro de 2009

Lugares sem nome...







Em algum lugar, a tua boca tece, àvida,

o calor húmido e doce...

Em algum lugar, o teu gemido cala o som das esferas...

Em algum lugar, a tua dança extasiante,

confunde o espaço e o tempo...

Em algum lugar, amor, paixão e sexo,

não terão nenhum sentido...

Em algum lugar, serás o imaginário nunca imaginado...

Em algum lugar...

Apenas Gestos...










A forma como pintas os lábios, o movimento que anima cada gesto,


desperta os mais insuspeitados e contidos desejos...


A forma como soltas o cabelo e te insinuas,


conhecendo os efeitos que provocas...


Tudo em ti enfurece o corpo e incendeia a mente,


como se o prazer fosse o objectivo supremo...


Pudesse a vida conter uma dimensão inconsequente,


onde penetrar-te fosse apenas cumprir o desejo...




quarta-feira, 2 de abril de 2008

Olhos nos Olhos...









Lábios dançando como serpentes, na procura do calor denso e aveludado

Lábios entrelaçados nos refúgios do prazer indizível

Lábios no olhar desenhando o trajecto do desejo ardente

Lábios nos Lábios, Olhos nos Olhos

segunda-feira, 3 de março de 2008

Inexplicável...










Adormeces nas palavras o sentido que as anima,
acordas nos sentidos o prazer inconsequente...
Aqueces dentro de ti o meu desejo,
inventas-me um nome para uma outra identidade...
Tudo em mim deixa de ser-me,
nestas paragens onde tu deambulas
na tua nudez ostensiva e possessiva...
Gemes de prazer dentro do meu silêncio...
Talvez, existam mil olhos a observar-me,
talvez, consigas levar-me contigo,
para longe dos meus fantasmas de criança...

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Nos teus Lábios...









Adormecia no calor dos teus lábios, aguardando uma palavra mágica, capaz de alterar a ordem do universo...
No teu olhar habitavam mil fantasmas, talvez por isso, nunca sentiste verdadeiramente a minha humanidade...
Nunca entendi a tua beleza e o seu contraste...
Quando amavas parecia que odiavas...
Excitante, rosácea, a tua pele tinha uma linguagem,
nos teus olhos profundos viviam sonhos desejados,
mortos à nascença por estranhas memórias negras...
Tudo em ti se harmonizava numa luta de contrários, sem tréguas...

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Paisagem de Mulher...






Imagino-te debruçada sobre o meu corpo,
atiçando com as tuas meias pretas o meu lado selvagem...
Todo o teu corpo respira o odor a desejo...
Anoiteces no bosque do imaginário,
acordando o prazer sem grades...

Imagino-te na doçura quente e sussurrante da tua voz,
quero-te por um instante, um momento único,
talvez, entrar dentro de ti,
seja a comunhão com o absoluto,
a única forma de afugentar a morte...




No Encanto dos teus Gestos...







Olhos rasgados na suavidade do teu rosto,
mordes os lábios húmidos e intensos,
tudo em ti se articula numa aura de desejo,
desenhas com os gestos os códigos mais secretos...

Não sei o teu nome,
talvez tenhas um nome que tenha nascido antes de ti,
um nome capaz de criar tanta beleza...
Talvez, o teu nome esteja gravado no sonho
mais íntimo de cada homem...

A tua voz é um som que atravessava o ar
causando um arrepio quase sólido...
O teu sorriso é brando e cauteloso,
como se escondesse algo magico...

Impregnas o espaço com o teu cheiro de Mulher,
seduzes com a naturalidade de uma flor,
brilhas com a beleza de uma estrela...







sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Amanhã, Talvez...







Amanhã, talvez...
Sorva os teus lábios nos meus,
acaricie os teus longos cabelos no meu peito nu...
Beije os teus seios quentes e hirtos...

Amanhã, talvez...
Envolva o teu corpo no meu,
sinta a humidade quente do prazer aberto em ti...

Amanhã, talvez...

Rosto de Boneca Pintada...








Fixava o meu olhar no teu rosto de boneca pintada,
iniciava a viagem pelo teu corpo no sentido mais longo...
Saboreava o calor dos teus lábios no volume da tua língua vermelha e quente,
agitávamos os nossos corpos em contrações ofegantes...

Sustinhamos a respiração, talvez para enfurecer o desejo,
ou para amordaçar um pouco mais o prazer...
Penetrava o teu corpo na intensidade dos teus gemidos...

Mulher de mil Noites e lugares,
Espasmo ardente na dança dos sentidos...
Rosto de Boneca Pintada no calor de uma voz que rasgava a pele...